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Ciência e homeopatia: por que não se encontram?

Ciência e homeopatia: por que não se encontram?

Ciência e homeopatia: uma introdução

A homeopatia é uma forma de medicina alternativa baseada no princípio da analogia e no uso de doses infinitesimais de substâncias para tratar doenças. Apesar de sua popularidade, a homeopatia não é reconhecida pela comunidade científica como uma prática eficaz ou baseada em evidências. Neste artigo, exploraremos as razões pelas quais a homeopatia não é reconhecida pela ciência, destacando quais princípios científicos estão sendo violados e a falta de evidências para apoiar a prática.

Princípios básicos da homeopatia

A homeopatia é baseada em dois princípios básicos: a lei da semelhança e a diluição infinitesimal. A lei da similaridade afirma que uma substância que causa sintomas semelhantes aos de uma doença pode ser usada para tratar a mesma doença. Por outro lado, a diluição infinita implica que uma substância se torna mais eficaz quanto mais diluída ela é.

violação de princípios científicos

A homeopatia viola alguns princípios científicos bem estabelecidos. Um desses princípios é o princípio da falsificabilidade, que afirma que uma teoria científica deve ser formulada de tal maneira que possa ser submetida a um experimento que possa refutá-la. Em contraste, a homeopatia é baseada em princípios que são difíceis, se não impossíveis, de subordinar a um experimento controlado. Além disso, a microdiluição de substâncias utilizadas na homeopatia viola o princípio da dose-efetividade, segundo o qual o efeito de um medicamento depende de sua dose.

A falta de comprovação científica

Embora a homeopatia tenha sido objeto de muitos estudos científicos, nenhuma evidência científica surgiu para apoiar sua eficácia. Revisões sistemáticas conduzidas por organizações independentes e autorizadas, como a Colaboração Cochrane, concluíram que não há evidências suficientes para apoiar a eficácia da homeopatia no tratamento de qualquer doença. Além disso, muitos dos estudos que apóiam a eficácia da homeopatia foram criticados por questões metodológicas, como amostras pequenas, falta de grupos de controle e viés de seleção.

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O efeito placebo

Um fator importante a ser considerado em uma análise homeopática é o efeito placebo. A homeopatia é frequentemente associada a melhorias na saúde dos pacientes, mas essas melhorias podem ser atribuídas ao efeito placebo, e não a qualquer eficácia terapêutica real. O efeito placebo ocorre quando um paciente experimenta uma melhora nos sintomas após um tratamento inativo, simplesmente porque acredita que o tratamento é eficaz. Sabe-se que o efeito placebo pode ser muito poderoso e pode afetar significativamente os resultados dos ensaios clínicos.

contaminação científica

Outra razão pela qual a homeopatia não é reconhecida pela ciência é que existe uma teoria científica alternativa que pode explicar os supostos benefícios da homeopatia: a teoria do efeito memória da água. De acordo com esta teoria, a água tem a capacidade de “lembrar” as substâncias com as quais entrou em contato, mesmo depois de várias diluições. No entanto, a teoria do efeito memória da água é altamente controversa e não encontrou muito apoio na comunidade científica.

Conclusões sobre a relação entre sabedoria e homeopatia

Em conclusão, a homeopatia não é reconhecida pela ciência porque viola os princípios científicos estabelecidos e não possui evidências científicas para apoiá-la. Apesar de sua popularidade e do testemunho de muitos indivíduos que apóiam seus benefícios, a falta de estudos científicos rigorosos e a ausência de uma teoria científica coerente que explique sua ação tornam a homeopatia uma prática inaceitável pela comunidade científica. É importante que os pacientes sejam informados sobre as limitações da homeopatia e recorram a práticas médicas baseadas em evidências para tratamentos seguros e eficazes.

fontes

  1. Ernst, E (2002). Uma revisão sistemática de revisões sistemáticas de homeopatia. British Journal of Clinical Pharmacology, 54 (6), 577-582. links
  2. Shang, A., Huwiler-Müntener, K., Nartey, L., Jüni, P., Dörig, S., Sterne, JAC,… & Egger, M. (2005). São as implicações clínicas dos efeitos de um placebo homeopático? Um estudo comparativo de ensaios controlados de homeopatia e alopatia. The Lancet, 366 (9487), 726-732. links
  3. https://www.microbiologiaitalia.it/bacteriologia/relazione-mente-pancia-lbilmente-dei-probiotici/
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