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Cinco coisas para saber sobre a Sega, o partido português de extrema-direita que obteve 18% dos votos!

Cinco coisas para saber sobre a Sega, o partido português de extrema-direita que obteve 18% dos votos!

Aumento repentino nas pesquisas de opinião para o movimento político. Durante as eleições legislativas do passado domingo em Portugal, o partido de extrema-direita conhecido como Sega (que significa “Basta!” em francês) alcançou resultados eleitorais sem precedentes. O acontecimento seguiu-se à demissão do primeiro-ministro socialista António Costa, que estava no cargo desde 2015. A maioria dos portugueses manifestou o seu apoio ao movimento liderado pelo professor de direito André Ventura. A Sega ficou em terceiro lugar com apenas 18% dos votos, enquanto a Aliança Democrática (de direita) ficou em primeiro lugar com 29,49% e o Partido Socialista (de esquerda) com 28,66%.

Quais são as principais características deste partido e a sua surpreendente ascensão eleitoral?

Uma festa com história recente que remonta a 2019 foi a criação da Sega. Depois de se ter introduzido na política há dois anos, o seu presidente, André Ventura, decidiu fundar o seu próprio partido para as eleições legislativas. Foi eleito deputado único do seu partido nessa ocasião, antes de aumentar o seu número de membros no Parlamento nas eleições de 2022. Os resultados eleitorais permitiram a eleição de 12 membros do partido antes de um avanço no início de 2024, com 48 assentos. “Ontem Portugal acordou e mudou de rumo”, comentou o presidente da Sega, Andre Ventura, no X na segunda-feira. “Temos muito trabalho e muitas responsabilidades agora.”

Um líder com um caminho surpreendente André Ventura, presidente e fundador da Sega, seguiu um caminho diferente. Tornou-se famoso… graças à sua visão do futebol como adepto do grande clube da capital, o Benfica Lisboa. Aos 41 anos, este professor de direito, auditor fiscal e escritor, tentou a sorte na política durante as eleições autárquicas de 2017. “Na política é preciso ser diferente”, diz MP. “Eu queria ser diferente.” Católico devoto, ele acredita ser guiado por uma “missão divina” de agir em nome de seus compatriotas. André Ventura, um admirador de Donald Trump ou do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, moldou um partido “altamente personalizado” em torno de sua pessoa, disse à AFP a cientista política Marina Costa Lobo.

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Desde a criação de uma ideologia populista e racista, a Sega tem vindo a desenvolver um verdadeiro populismo de direita, como por exemplo o movimento Vox em Espanha, que continua em muitos países europeus. Autodenominando-se uma organização anti-establishment, o partido fez uma promessa de campanha, exposta durante os comícios de André Ventura: “Limbar Portugal” – “limpar Portugal”, em francês.

Por outras palavras, o partido exala uma ideologia racista, anticorrupção e desafiadora das elites, alimentada pelos pronunciamentos sensacionais do seu líder ao longo dos anos. Este último foi notado há alguns anos por uma entrevista em que atacou frontalmente a comunidade cigana do país, sempre alvo do partido. Um de seus comentários racistas gerou polêmica em 2020, quando pediu que uma congressista negra fosse “levada de volta ao seu país de origem”.

Marine Le Pen, aliada do Rassemblement National, três vezes candidata do RN às eleições presidenciais, já visitou várias vezes Portugal para se encontrar com André Ventura, a quem considera um parceiro a nível europeu. “Aguardamos com expectativa a visita dos eurodeputados da SEGA para apoiar o poder que representamos no Parlamento Europeu”, sublinhou durante a sua última visita a Lisboa, em Novembro passado. A eleição dos novos eurodeputados portugueses será um movimento estratégico para aumentar as fileiras do RN pertencente ao grupo identidade e democracia. Na segunda-feira, no X, felicitou o “amigo” André Ventura por “este belo final”.