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Mundial, Portugal e Suíça 6-1: hat-trick de Gonzalo Ramos.  CR7 entra a 20 minutos do final

Mundial, Portugal e Suíça 6-1: hat-trick de Gonzalo Ramos. CR7 entra a 20 minutos do final

Santos mantém CR7 fora do time titular, mas seu substituto marca 3: A surpresa agora é que o Marrocos chega às quartas de final. Leão também está online

Há um novo presidente da Câmara na cidade, com armas fumegantes, por isso Portugal também já não sente falta de Cristiano Ronaldo. A melhor partida de Fernando Santos na Copa do Mundo, tanto em termos de pontuação quanto de jogo, foi aquela em que ficou no banco por 73 minutos. Isto pode não ser uma coincidência. Entretanto, todo o país, e não apenas Lisboa como costuma acontecer, pode alegrar-se com os golos de Gonzalo Ramos, que o substituiu na frente, levando a sua selecção nacional aos quartos-de-final. É pouco provável que um avançado que marque uma vez a cada 89 minutos no campeonato pelo Benfica seja uma desilusão, mas marcar um hat-trick na sua estreia como titular neste torneio não é para todos.

Por outro lado, praticamente nunca chegou à Suíça. Fechados no ataque e completamente separados entre secções, eram constantemente empurrados para as entrelinhas pelos armadores portugueses, especialmente João Félix. Assim, Ramos pode se divertir dentro da grande área, e também provar sua precisão no saque aos companheiros, como aconteceu por ocasião do quarto gol.

o jogo

Fernando Santos não gostou da reação de Cristiano Ronaldo à substituição na partida contra a Coreia do Sul, e a insatisfação do dirigente levou à sensacional omissão do técnico CR7 do time titular, com Gonzalo Ramos em seu lugar. A outra notícia importante diz respeito à escolha de Dalot, e à sua preferência por Cancelo para completar a linha defensiva. Yakin responde com a mesma formação que venceu a Sérvia, conquistando o direito de disputar esta partida, com Embolo liderando a unidade avançada com apoio de Shaqiri e Vargas. As fases iniciais são cheias de energia, já que ambas as equipas identificam de imediato espaços adequados para desenvolver o plano de ataque e passar perigosamente para a área adversária. Deste ponto de vista, as orientações do Santos são cúmplices: não pressionar agressivamente, mas manter o homem nos dois defesas-centrais e Xhaka, direcionar a manobra para fora. No entanto, os planos do jogo ruíram rapidamente, pois logo aos 17 minutos a postura forte do treinador português produziu os resultados desejados: João Félix recebeu um lançamento lateral e passou para Ramos no meio da área; O avançado do Benfica virou-se e disparou um estrondoso remate de pé esquerdo que passou por baixo da trave, e Sommer permaneceu imóvel. A Suíça sofreu com a reorganização imediata das suas fileiras e Portugal aproveitou-se disso, mas os remates de Otávio (22) e Ramos (23) da entrada da grande área foram sufocantes e fáceis de bloquear. Porém, a ideia de dar muita liberdade a João Félix e Bernardo Silva funciona, já que muitas vezes recuam na preparação para criar superioridade no meio-campo. Shaqiri tenta causar choque com uma cobrança de falta traiçoeira que Diogo Costa manda para escanteio, ainda em lance de bola parada, mas o português aproveita. Aliás, aos 33 minutos, Pepe aproveitou a marcação na área mole na cobrança de escanteio da direita e subiu sem impedimentos para ampliar a vantagem. Freuler preocupa a defesa com um cabeceamento que passa por Diogo Costa, mas não por Dalot. A poucos passos da linha de golo, Ramos responde – inspirado no passe de Bruno Fernandes – e chega perto do nocaute aos 43 minutos com uma defesa deslumbrante de o Catar. O verão no primeiro semestre está próximo.

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a outra metade

Ao retornar do vestiário, Kummert é a única cara nova: Jakin o substituiu por Schar, machucado e com cartão amarelo, além de não ter sido muito eficaz contra Ramos no primeiro gol. Mas mudar o zagueiro não altera o resultado. Aos 51 minutos, Dalot correu pela lateral direita, driblou ao primeiro poste e Ramos foi muito rápido a queimar o defesa do Valência. Quatro minutos depois, Portugal marcou outro golo. Grande trabalho de equipa, reforçado pelo remate de calcanhar de Otávio e pela entrega de João Félix, que Ramos finalizou mandando Guerrero para a baliza, levantando a bola com calma na frente de Sommer. A Suíça encurtou o placar aos 58 minutos por intermédio de Akanji, que conseguiu ler o caminho de um cruzamento da bandeira que o próprio atacante português errou e colocou na rede. A diferença voltou a ser de quatro golos aos 67 minutos, num ato que realça as vantagens e desvantagens de cada um. Aliás, bastam alguns toques, a começar por Diogo Costa, para chegar ao golo. João Félix coloca Ramos na frente de Sommer, o toque abaixo da cereja do bolo para uma noite que vale a pena recordar. O Santos mandou para campo Cristiano Ronaldo, que sempre parecia calmo e sorridente, apenas aos 73 minutos; Pepe, para mostrar o apoio do balneário a ele, apressou-se em atribuir-lhe a braçadeira de capitão. Na recuperação também houve alegria para Yao, que entrou pouco antes: voltou para o topo da área e chutou ao segundo poste, aproximando o placar de 6 a 1. CR7 busca a glória pessoal, mas tudo o que vemos é uma cobrança de falta bloqueada pelo goleiro e um gol anulado por impedimento claro. Em última análise, pelo menos desta vez, ele não é o herói nacional.

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