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PM contra VAR: Depois que Newcastle e Arsenal Arteta também protestam

PM contra VAR: Depois que Newcastle e Arsenal Arteta também protestam

O treinador do Arsenal irritou-se após o golo atribuído ao Newcastle, que custou a partida aos Gunners. Sunday Times: ‘Esta farsa chamada VAR deve acabar’

Do nosso correspondente Davide Chinnellato

@
com. dchinellato

– Londres

Mikel Arteta é o último a estar farto. “É uma vergonha e uma vergonha”, grita ele ao VAR toda vez que fala após a derrota do Arsenal para o Newcastle. O técnico dos Gunners é o mais recente de uma longa lista de figuras influentes do futebol inglês que estão fartos do olho eletrônico. O VAR tornou-se padrão na Premier League desde a temporada passada, recebido com a ideia de que eliminaria dúvidas, removeria teorias de conspiração e apagaria controvérsias ao tomar decisões indiscutivelmente corretas. Em vez disso, abriu outra frente, que tem cada vez mais adeptos a cada erro: a frente anti-VAR, aquela que exige que a liga mais importante do mundo diga não ao uso da câmara lenta em campo.

Horrores

O VAR na Inglaterra parece ser a única questão que conseguiu unir todos. A torcida dentro do estádio vaiava cada vez que aparecia no telão uma mensagem informando que o olho eletrônico estava verificando alguma coisa. Os jogadores estão felizes depois do gol, mas sabem muito bem que essa felicidade pode ser apagada mesmo depois de dois minutos porque pode ser visto algo no vídeo que eles nem perceberam. E os treinadores temem incidentes como o gol que decidiu Newcastle e Arsenal, o gol que passou por uma verificação tripla (entrada/saída de Willock, falta de Joelinton sobre Gabriel, impedimento de Gordon, artilheiro) porque não o fizeram. Há evidências claras em vídeo do contrário. Ou pior, o golo que o Liverpool assistiu há algumas semanas no Tottenham, porque o VAR, apesar de ver em câmara lenta que se tratava de um golo, confirmou erradamente a decisão tomada em campo, nomeadamente a decisão de anular o golo. Quando o assunto foi notado, já era tarde demais para resolvê-lo. “O que aconteceu é constrangedor, é uma pena – disse Arteta com veemência após o incidente de Newcastle -. Não podemos continuar assim. Estou perdendo tempo, estamos perdendo tempo e não quero estar nas mãos de essas pessoas. Jogamos demais para que coisas assim não aconteçam.”

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clareza

Um problema com o VAR é que muitas vezes não há clareza sobre o que está sendo analisado na tela. E os tempos parecem intermináveis, principalmente para quem está em campo e não tem certeza do que vai acontecer. Demorou 5 minutos para decidir que o gol do Newcastle era bom, com torcedores de ambos os times vaiando cada vez que um novo árbitro era anunciado no telão do St James’ Park. Não há confiança no sistema, porque em vez de alcançar a uniformidade dá lugar a novas interpretações, e desde a época passada há uma total falta de confiança em quem utiliza a ferramenta VAR, que foi despromovida para o nível abaixo da guarda devido ao Erro de outubro no Tottenham-Liverpool. Cartas de desculpas da Associação de Árbitros apenas geram mais controvérsia, e não uma medida de consolo. A nova política de maior transparência, introduzida pelo novo Presidente do Comité de Arbitragem, Howard Webb, não está a dar os resultados desejados neste momento: os diálogos entre VAR, assistentes e árbitros em campo que foram anunciados até agora não conduziram para um maior conhecimento dos árbitros. A forma como os jogos são geridos, mas apenas mais confusão.

Dinheiro

Não é por acaso que o Sunday Times ataca o sistema com um editorial inflamado: “Basta, esta farsa chamada VAR tem de acabar” é a manchete que capta o sentimento generalizado nos estádios ingleses. O gol do Newcastle parece ser a personificação perfeita do que não funciona: apesar de todas as câmeras disponíveis, não há evidências claras de três situações diferentes na mesma ação, e não apenas de uma. Em vez da clareza que deveria trazer, o sistema VAR até agora só trouxe atrasos e confusão na Inglaterra. Na Premier, o olho biônico não é visto como uma solução para problemas, mas sim como um problema adicional. Um capaz de comprimir uma frente frequentemente dividida. Que acredita, como o Sunday Times, que “esta farsa chamada FAR deve acabar”.

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