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Porque é que quem não paga é chamado de português?

Porque é que quem não paga é chamado de português?

Neste artigo vamos descobrir a origem, algo estranha mas ainda enraizada na história, do costume de nomear um português que não paga, ou tenta não pagar, por uma oferta ou serviço.

Você já deve ter ouvido, quando uma pessoa não paga o boleto de atendimento, que Ele quer ser português. Esta expressão é usada em toda a Itália, mas especialmente em Roma. Talvez você esteja no ônibus e alguém, como costuma acontecer, tentou viajar sem passagem. Funcionários da empresa de transporte intervieram e ordenaram que ele pagasse. Os participantes, enquanto conversavam entre si, descreveram o homem inteligente como português. Ou, enquanto você assiste a um show ou outro show, você deve ter notado que sempre há alguém tentando entrar de graça. Talvez você tenha se perguntado então,

Porque quem não paga chama-se português. Talvez os portugueses fossem espertos? Nada poderia estar mais longe da verdade. Neste artigo contarei a vocês a origem desta expressão, que realmente desperta curiosidade e interessa mais aos nossos compatriotas do que aos portugueses.

O contexto histórico em que nasceu a expressão “fazer português”.

Nas primeiras décadas do século XVII, D. João V de Bragança governou em Portugal. Naquela época, esta nação beneficiava-se de enormes riquezas, derivadas da exploração das minas de ouro e diamantes localizadas na colônia do Brasil. Portanto, a corte de D. João V gozou de grande prosperidade e poder. Para demonstrar esplendor, o rei financiou obras impressionantes, que demonstraram à Europa daquela época o bem-estar do país que governava.

Em particular, o Rei João estabeleceu uma relação especial com os Estados Papais. Enfatizando a linha política de apoio à independência e soberania deste último. Isto permitiu-lhe beneficiar de grandes privilégios e ser representado por importantes embaixadas na corte do Papa Bento XIV. Em 1748, este último atribuiu-lhe um distinto prémio: “Sua mais fiel majestade“, para ele e seus sucessores.

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Para celebrar o seu grande conhecimento de Roma, o rei financiava periodicamente grandes eventos ali realizados, como concertos e apresentações teatrais. Este foi o fim destes banquetes riquíssimos e luxuosos, nos quais todos podiam participar gratuitamente. Por esta razão, o povo romeno deu ao rei português o título de “O Grande”.

Construção do Teatro Largo Argentina

Um dos embaixadores portugueses em Roma, Monsenhor Castro, que mantinha boas relações com a nobre família romana de Sforza Cesarini, convenceu esta última a construir um magnífico teatro no Largo Argentina, zona com grande população portuguesa. A obra foi projetada por um arquiteto, também de família aristocrática, chamado Giacomo Theodoli, e foi construída a partir de um pequeno prédio e torre de propriedade da família Sforza Cesarini. Assim nasceu aquele que foi, segundo os testemunhos da época, os mais importantes teatros romanos. Originalmente era inteiramente feito de madeira, exceto as paredes e escadas que eram de alvenaria. Tinha 40 filas de assentos e 186 passeios.

O nascimento da frase “praticar português”

O magnífico Teatro Argentina foi inaugurado em 13 de janeiro de 1732, com a ópera “Pérenice” do compositor apuliano Domenico Sarro. Este evento foi financiado pela Embaixada de Portugal. No final do espetáculo foi organizado um farto banquete, que incluiu pratos e sobremesas de vários tipos. O embaixador português decidiu reservar o espetáculo para vários portugueses residentes em Roma. Mas em vez de pedir que enviassem convites, limitou-se a dar instruções ao pessoal que controlava a entrada do teatro, especificando que os guardas deveriam acolher gratuitamente todos aqueles que se declarassem ter nacionalidade portuguesa.

A iniciativa foi um grande sucesso, a que se seguiram muitas outras iniciativas, todas com o mesmo conteúdo: primeiro o espectáculo, depois muitos pratos e doces. No entanto, era gratuito apenas para portugueses e, tal como aconteceu por ocasião da inauguração, era possível beneficiá-lo bastando para isso anunciar à entrada do teatro que é desta nacionalidade. A notícia espalhou-se rapidamente pela cidade, pois por ocasião das actuações subsequentes, centenas e centenas de romanos apareceram à entrada do teatro, declarando-se portugueses, e até tentando falar a língua deste povo, cometendo erros grosseiros. É fácil imaginar. Assim, muitos puderam participar em suntuosos banquetes, cujo luxo estava inteiramente de acordo com a abundância que reinava na corte portuguesa da época.

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Geralmente um desses episódios Ligue para quem não paga em português Ser inteligente. Esta expressão foi inicialmente usada apenas em Roma e depois se espalhou por toda a Itália. Mas na realidade não foram os portugueses que agiram com astúcia, mas sim os romanos daquela época.

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