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“Corremos o risco de sermos como lobos predadores.”

“Corremos o risco de sermos como lobos predadores.”

Cidade do Vaticano – Cardeais que não se escutam e se julgam “como lobos vorazes”, relações entre coreanos cheias de “formalismo”, sacerdotes prontos a condenar os outros, incapazes de perceber a complexidade da vida no exterior simplesmente aplicando o regras “repetindo padrões”. No seu discurso de fim de ano à Cúria Romana para troca de votos de Natal, o Papa Francisco fez um balanço da situação, uma espécie de avaliação dos progressos alcançados este ano. Ele imediatamente coloca as relações humanas no centro de sua atenção. Talvez não seja por acaso que a Igreja neste momento histórico não tenha sido tão dilacerada internamente por uma série de medidas que suscitaram dúvidas, a última das quais foi a intervenção do Círculo de Fé sobre bênçãos para casais do mesmo sexo, assinada pelo cardeal argentino Manuel Fernández.

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No longo discurso, lido com voz difícil e respiração pesada, Francisco falou de uma “vida morna e superficial”. Na sua opinião, é necessário restaurar o espírito contemplativo, que nos permite redescobrir todos os dias que somos guardiões de um bem que humaniza e nos ajuda a viver uma vida nova. Irmãos e irmãs, mesmo na Coreia é necessário aprender a arte de ouvir. Antes dos nossos deveres e atividades diárias, e especialmente diante dos papéis que desempenhamos, precisamos redescobrir o valor das relações, tentar despojá-las das formalidades e movê-las no espírito evangélico, especialmente na escuta uns dos outros. No meu coração e de joelhos. Vamos nos ouvir mais, sem preconceitos, de forma aberta e honesta.” E novamente em outro clipe: “Às vezes, mesmo na comunicação uns com os outros, corremos o risco de ser como lobos predadores: Imediatamente tentamos engolir as palavras da outra pessoa, sem realmente ouvi-la, e imediatamente despejamos sobre ela nossas impressões e julgamentos.

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O Papa Francisco pediu muitas vezes aos cardeais, bispos, padres e funcionários da Santa Sé que não fossem tentados por fofocas, julgamentos precipitados e “fofocas”. No texto preparado, o Papa apelou então à naturalidade e à simplicidade, criticando quem recorre a artimanhas. “Hoje é a hora da maquiagem. Todo mundo está se maquiando não só para a jornada, mas também para a alma. Eles estão se exibindo, até nas redes sociais.”

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Com curiais é recomendável treinar para ouvir. “Quando andamos pelas ruas das nossas cidades, ouvimos muitos sons e ruídos, mas em geral não os ouvimos, não os absorvemos e eles não permanecem dentro de nós. Uma coisa é simplesmente ouvir, e outra é ouvir, o que significa também acolher”. O Papa mostra-nos o caminho: libertar-nos “da afirmação de que já sabemos tudo, do perigo de pensar que basta aplicar as regras, da tentação de avançar, mesmo na vida da Cúria, “simplesmente repetindo padrões” sem ter em conta que o mistério de Deus sempre nos dá superioridade e que a vida das pessoas e a realidade que nos rodeia permanece sempre superior às idéias e teorias. Bergoglio deu aos cardeais um livro chamado “Santos do Não Mundo”, que reúne todas as intervenções do Papa contra a fofoca e o carreirismo. Esta é também uma mensagem implícita.

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