A União Europeia enfrenta uma escolha entre continuar o alargamento e reforçar a sua autonomia estratégica num novo ambiente geopolítico, disse quinta-feira o Embaixador de Portugal na UE, Pedro Lourtie, durante um debate sobre “A União Europeia num Mundo em Mudança”.
“O sindicato é claro sobre isso O mundo está mudando. Hoje existem muitas potências globais que pretendem alterar o equilíbrio alcançado durante as eras pós-Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria, e a UE pode operar de forma relativamente autónoma neste novo mundo geopolítico”, afirmou.
A UE “reconhece que a dependência excessiva é um perigo”, disse o representante permanente de Portugal junto da UE.
O alargamento é “um dos instrumentos do seu empoderamento geopolítico”, disse Luurdi, mas sublinhou que “há dois lados”.
Por um lado, a UE “não pode decepcionar as expectativas dos países que querem aderir” e “com o alargamento adquire um novo e mais importante peso político, mas a União sabe que opera num mundo de sobreposição geopolítica. desenvolver com base na globalização económica, na integração e no aprofundamento”, afirma Pedro Lourdi.
Ao mesmo tempo, disse ele, a UE “tem outro desafio: como obter a sua autonomia estratégica”.
“Não é fácil”, admitiu, dando um exemplo: “Somos 27 países diferentes, sobretudo no domínio da política externa. Temos um grande peso económico e trabalhamos juntos em muitos domínios. óbvio, como a política comercial.”
“Esta dicotomia é um dos maiores desafios que a UE enfrenta neste momento”, disse ele.
Em termos de política externa e de segurança, prosseguiu, a União Europeia não tem militares europeus, mas desenvolveu uma política de segurança e “quer desenvolver as suas capacidades no domínio da defesa no quadro da Aliança Atlântica” porque “tem considera que a autonomia política que estes instrumentos proporcionam é essencial.
“A UE percebe que pode tomar decisões estratégicas e autónomas ao nível económico, tecnológico, político e de segurança”, afirmou o antigo secretário de Estado socialista para os Assuntos Europeus.
“Não deveria ter dependências excessivas em algumas áreas importantes, uma lição que a UE aprendeu com crises recentes como a Covid-19 e a guerra na Ucrânia”, disse, apontando para “dependências tecnológicas e materiais”. , a UE «deve ser capaz de desenvolver a sua autonomia».
“Isso contribui para o diálogo com a China, mas não questiona a capacidade dos Estados membros de se envolverem com a China”, disse Lourdi.
Por outro lado, o diplomata minimizou as diferenças de posições entre os Estados-membros.
“A livre expressão de ideias é a marca registrada da democracia. Por outro lado, sem ser um Estado, os processos de tomada de decisão da União são mais transparentes”, disse: “Muitas vezes vemos momentos de desunião, terminando apenas com uma decisão unificada”.
Aqui Artigo original.
(Jona Haderer – Compilado por Pedro Sousa Carvalho | Lusa.pt)
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