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Portugal tem sido chamado de “milagre económico”.

Portugal tem sido chamado de “milagre económico”.

De acordo com o jornal ExpressoO economista americano Paul Krugman, galardoado com o Nobel de 2008, descreveu Portugal como “uma espécie de milagre económico” numa entrevista ao jornal Jornal de Negócios.

O jornal Expresso salienta que Portugal tem-se mantido economicamente forte nos últimos anos, com um desempenho melhor que a maioria dos países europeus, mas isso não significa que os problemas tenham passado e que esteja isento de riscos.

Paul Krugman, referindo-se aos riscos associados às taxas de juro elevadas, alertou que “Portugal não está isento” do problema, mas “pode ser algo que possa ultrapassar”, porque tem alcançado um bom crescimento económico.

“Por exemplo, os Estados Unidos também não estão completamente isentos de risco, mas com um forte crescimento económico há uma maior possibilidade de manter taxas de juro elevadas sobre a dívida”, disse.

Por outro lado, Itália é mais vulnerável, porque ao contrário de Portugal (por enquanto), “não há razões particulares para acreditar que o crescimento potencial em Itália tenha aumentado muito”. Por esta razão, e dados os resultados alcançados por Portugal nos últimos anos, Krugman define este sucesso como um “milagre económico”.

Ele explica que após a crise da dívida, “Espanha finalmente conseguiu uma recuperação económica, mas fê-lo através de anos de elevado desemprego, desvalorização da moeda interna e queda de custos”. Por outro lado, “Portugal teve uma recuperação sem isso”.

Krugman também disse ao jornal: “Tive longas conversas com o meu amigo Oliver Blanchard, o antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, e ele disse: ‘Não percebo como é que Portugal se saiu tão bem.’”

Como é que o fizeram?” A sua explicação é o crescimento do turismo e das exportações, mas observou que, em geral, a forma como tudo aconteceu é “um pouco misteriosa”.

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Quanto aos problemas futuros, Krugman observou que Portugal, que está intimamente ligado à Europa, pode ser afetado, porque “Portugal fez um trabalho muito bom, mas a Europa não”.

Comparativamente a 2013 – ano em que disse que Portugal era um país pobre e com problemas estruturais – Krugman salienta que os problemas hoje são “muito menores”. “Portugal passou por um bom período de sucesso económico depois da revolução e depois parou alguns anos, mas parece que essa paragem chegou ao fim”, disse na entrevista.